Átila de 2 anos foi baleado na noite de terça-feira ao tentar impedir que sua tutora, Raquel Borges de Oliveira fosse assaltada por 4 homens, um deles armado, quando ela chegava de moto em sua casa no bairro Jardim Interlagos.
(Foto: Sérgio Oliveira/EPTV)
Segundo Raquel, o cão tentou morder um dos ladrões quando ele foi em direção à garagem, o bandido reagiu e disparou dois tiros que acertaram o animal, após o ataque o grupo fugiu em um veículo e não foi identificado.
A mãe de Raquel, que estava na casa no momento do crime, achou que o cachorro não fosse sobreviver. "Ele estava baleado e sangrando, eu achei que ele tinha corrido para o fundo para morrer, eu nunca vi um cachorro com duas balas sobreviver", diz.
Passado o susto, Raquel afirma que o que o Átila fez foi uma demonstração de amor à família. "Com certeza foi uma demonstração de carinho dele para com a gente, de muito amor e proteção."
Átila foi operado na tarde desta quarta-feira (29), segundo o médico veterinário Paulo Cesar Yanosteac, dois projéteis ficaram alojados no corpo de Átila e apenas um deles foi retirado durante a cirurgia, o estado de saúde dele é estável e ele passa bem.
A mãe da tutora de Átila, a funcionária pública Maria Lourdes Borges, comemorou o sucesso do procedimento. "Ele é um dos meus anjos de guarda", diz.
De acordo com o médico, o raio-x feito em Átila mostrou que ele tinha duas balas no corpo, uma na perna e outra na musculatura do tórax. Yanosteac explica que a retirada do projétil da perna foi feita com sucesso, mas o que estava alojado no tórax poderia causar algum dano ao animal, caso fosse extraído.
"Para atingir a bala eu teria que elevar o osso do ombro do animal, onde passam muitas estruturas importantes, como o animal não demonstrou nenhuma alteração e está normal, qualquer alteração que fizéssemos poderia prejudicar mais do que ajudar", explica.
Ainda segundo o veterinário, esta é uma prática normal dentro da medicina, mas o cachorro deverá ter um acompanhamento médico para saber qual será a reação do organismo. "Até onde se sabe o projétil não prejudica, dá pra conviver, pode ser que o organismo reacione ou faça um encapsulamento desse corpo estranho, agora vamos fazer um acompanhamento após a alta amanhã e de tempos em tempos, por meio de raio-x", afirma.
Fonte: G1
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