quinta-feira, 17 de julho de 2014

Porque os gatos conseguem cair de grandes alturas e sobreviver?


                 (Foto: Divulgação)

Será que é verdade dizer que os gatos podem cair de grandes alturas sem sofrer nenhuma lesão?


Em Boston (EUA), um gato caiu do 19° andar de um prédio, ele não se machucou muito, teve apenas um leve ferimento no peito.

Que segredos os felinos escondem para obter tanta resistência?

Na verdade estudos indicam que tudo está ligado à evolução, os gatos domésticos são descendentes de criaturas arbóreas que tiveram que sobreviver a quedas ocasionais ao saltar de um galho para outro, somando a isso o conjunto de incríveis ferramentas biológicas que os ajudaram a garantir sua sobrevivência, mesmo caindo de grandes alturas.

Foi publicado um artigo na BBC que explica as principais chaves do mistério: "Os gatos têm uma área de superfície relativamente grande em relação ao seu peso, reduzindo a força com que eles atingem o pavimento, a atração gravitacional é compensada pelo impulso ascendente de resistência do vento, a uma velocidade lenta em comparação a animais de grande porte, como os seres humanos e cavalos".

"Através da seleção natural, os gatos desenvolveram um instinto aguçado para perceber a distância, semelhante ao mecanismo que os seres humanos possuem para o equilíbrio, dizem os biólogos, então, se for dado tempo suficiente, eles são capazes de torcer seus corpos como um ginasta ou pára-quedista, girando suas caudas, a fim de posicionar os pés sob seus corpos no momento da queda".

Esse último truque é conhecido como reflexo de endireitamento aéreo e é crucial para a sobrevivência dos gatos, com suas pernas no lugar certo, eles podem atuar eficazmente como amortecedores para o resto do corpo, sendo os músculos capazes de canalizar a energia cinética da queda de modo a acelerar o gato em oposição a eventual quebra de seus ossos.

O fato de as pernas dos gatos serem anguladas em relação ao corpo, ao contrário das pernas dos humanos que se estendem para baixo, os ajuda a espalhar a força da colisão, minimizando risco de morte ou lesões.




Fonte: Jornal Ciência

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