sábado, 1 de fevereiro de 2014

Tratamento com células tronco para animais

celula

                


O avanço na ciência com relação às células-tronco alcançaram também a medicina veterinária, e estão ajudando principalmente cães e gatos a se recuperar de algumas doenças, em Belo Horizonte, as clínicas aos poucos, estão implantando a nova técnica que já é utilizada no Brasil de forma experimental há 10 anos e como procedimento clínico há quatro anos.

As células-tronco, normalmente obtidas a partir de material embrionário, têm a capacidade de regenerar tecidos danificados. Elas são introduzidas no local do problema e adquirem a forma e a função dos tecidos, além disso, possuem capacidade anti-inflamatória fazendo com que os danos sejam reparados de forma mais rápida. "Elas são indicadas principalmente para o tratamento de insuficiência renal crônica e problemas de articulação", explica o veterinário Luiz Fernando Ferreira, da clínica Professor Israel.

Ao contrário das terapias tradicionais com uso de medicamentos,o tratamento com células-tronco não é agressivo ao organismo do animal e não tem efeitos colaterais. Isso porque a regeneração de tecidos é algo que ocorre naturalmente nos seres vivos, há um porém: o novo tratamento não é indicado para animais com câncer. Segundo Luiz Fernando, ainda não se sabe ao certo como funciona a interação das células-tronco com as cancerosas.

Em média, são feitas três aplicações de células-tronco no animal, com intervalos de 30 dias entre cada dose, ou seja, a terapia costuma durar 60 dias dependendo do animal e da doença a ser tratada, uma aplicação pode ser suficiente para resolver o problema, o custo estimado de cada aplicação é de R$ 2 mil.

Luiz Fernando Ferreira diz que a resposta às aplicações é muito individual e que o animal não precisa de cuidados especiais durante o tratamento, além disso, dependendo da doença e do estado geral, o animal pode ter uma recuperação total ou melhora significativa. "O procedimento não demanda anestesia e a aplicação das células-tronco é feita por meio de soro intravenoso", esclarece.

Após as aplicações, o animal precisa ficar em observação por aproximadamente duas horas e, logo depois é liberado. "Temos conseguido um resultado bastante positivo com os tratamentos, em 90% dos casos os animais voltam a ter suas funções restabelecidas, além de melhor qualidade de vida", diz o veterinário.


Fonte: Encontro

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