quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Projeto de lei quer proibir soltura de fogos


Antes mesmo de serem votados, dois projetos de lei que serão apresentados pela vereadora Karina Pirillo (PCdoB) já ganham repercussão na cidade. Defensora da causa animal, a parlamentar pretende proibir a soltura de fogos de artifício e também a instalação de empresas que fazem teste com fim animais com fins científicos, bem como o ensino com cobaias animais nas universidades.

            (Foto: Jornal A Semana)


Embora a lei municipal 4.159/94 já proíba instalação de empresas que comercializem, armazenem e fabriquem materiais explosivos no município, Karina explica que seu projeto veda o manuseio, a queima e a soltura. "Nós queremos proibir a soltura de fogos de artifício, inclusive bombinhas, outras cidades já possuem esse projeto de lei. O barulho causado mutila animais e seres humanos, gerando gastos na saúde pública", argumenta.

De acordo com a parlamentar, se a fiscalização for eficiente, a lei será cumprida pelos cidadãos assim como aconteceu com a lei que proíbe o fumo em locais fechados e a Lei Seca, a única concessão para a queima dos artefatos seriam as cerimonias religiosas até as 22 horas. Karina adianta que alguns vereadores já se mostram favoráveis à medida. "Se meus pares não aprovarem o projeto, eu fiz minha parte", diz.

Estudo em animais:

Karina acredita que a maior polêmica será para proibir a prática de vivissecção, ato de dilacerar animais vivos para estudo, de acordo com a vereadora, nos laboratórios da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) em São Paulo, existem ratos e porcos para testes e na Universidade Brás Cubas (UBC) ratos também são usados como cobaias.

Karina defende o uso de outros métodos para o ensino da Medicina, como vídeos e bonecos, assegurando que muitos resultados de testes aplicados em animais não condizem com os seres humanos, em todo o estado uma lei promulgada pelo governador Geraldo Alckmin, proíbe o teste de cosméticos em animais.

De acordo com  professora coordenadora da Comissão de Ética no uso de Animais da UMC, Maria Santina, cerca de 80 animais entre porcos, camundongos e coelhos, são usados pelos alunos de Medicina para aprendizagem das técnicas cirúrgicas. "Por vídeo não tem como aprender essa prática, temos que testar determinadas substâncias nos animais, cientistas estão procurando a cura do câncer e de outros remédios que amenizem o sofrimento", fala, explicando que nas áreas de Enfermagem, Biologia e Psicologia os animais não são mais utilizados.

A Universidade Brás Cubas não confirmou a existência de animais de laboratório e não se pronunciou sobre o assunto.



Fonte: Jornal A Semana

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