Antes mesmo de serem votados, dois projetos de lei que serão apresentados pela vereadora Karina Pirillo (PCdoB) já ganham repercussão na cidade. Defensora da causa animal, a parlamentar pretende proibir a soltura de fogos de artifício e também a instalação de empresas que fazem teste com fim animais com fins científicos, bem como o ensino com cobaias animais nas universidades.
(Foto: Jornal A Semana)
Embora a lei municipal 4.159/94 já proíba instalação de empresas que comercializem, armazenem e fabriquem materiais explosivos no município, Karina explica que seu projeto veda o manuseio, a queima e a soltura. "Nós queremos proibir a soltura de fogos de artifício, inclusive bombinhas, outras cidades já possuem esse projeto de lei. O barulho causado mutila animais e seres humanos, gerando gastos na saúde pública", argumenta.
De acordo com a parlamentar, se a fiscalização for eficiente, a lei será cumprida pelos cidadãos assim como aconteceu com a lei que proíbe o fumo em locais fechados e a Lei Seca, a única concessão para a queima dos artefatos seriam as cerimonias religiosas até as 22 horas. Karina adianta que alguns vereadores já se mostram favoráveis à medida. "Se meus pares não aprovarem o projeto, eu fiz minha parte", diz.
Karina acredita que a maior polêmica será para proibir a prática de vivissecção, ato de dilacerar animais vivos para estudo, de acordo com a vereadora, nos laboratórios da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) em São Paulo, existem ratos e porcos para testes e na Universidade Brás Cubas (UBC) ratos também são usados como cobaias.
Karina defende o uso de outros métodos para o ensino da Medicina, como vídeos e bonecos, assegurando que muitos resultados de testes aplicados em animais não condizem com os seres humanos, em todo o estado uma lei promulgada pelo governador Geraldo Alckmin, proíbe o teste de cosméticos em animais.
De acordo com professora coordenadora da Comissão de Ética no uso de Animais da UMC, Maria Santina, cerca de 80 animais entre porcos, camundongos e coelhos, são usados pelos alunos de Medicina para aprendizagem das técnicas cirúrgicas. "Por vídeo não tem como aprender essa prática, temos que testar determinadas substâncias nos animais, cientistas estão procurando a cura do câncer e de outros remédios que amenizem o sofrimento", fala, explicando que nas áreas de Enfermagem, Biologia e Psicologia os animais não são mais utilizados.
A Universidade Brás Cubas não confirmou a existência de animais de laboratório e não se pronunciou sobre o assunto.
Fonte: Jornal A Semana
Nenhum comentário:
Postar um comentário