sexta-feira, 14 de março de 2014

Fio de nylon deixa cão em risco de morte


A dentista Natália Taranenko se deparou com uma situação trágica quando encerrava o expediente em seu consultório em São Sebastião, Distrito federal, no início da semana um cachorro estava encolhido em um canto da sala, com um fio de nylon amarrado ao pescoço.

              (Foto: G1 DF)


O fio provocou um corte profundo no pescoço do animal, "dois dedos", segundo a dentista, o cachorro foi encaminhado para o Hospital Veterinário Dr. Antônio Clemenceau e ainda corre risco de morrer.

"A secretária gritou, avisando que havia um cão dentro da sala, cheguei perto para chamá-lo e ele estava muito encolhido, sem se mexer. Chegando mais perto notei gotinhas de sangue e vi que tinha uma corda de nylon azul enterrada nele", conta a dentista. "Parece que ele sabe que eu ajudo cães, que veio até meu consultório pedindo socorro".

Para fazer o resgate, Natália acionou a presidente da ONG Sociedade Humanitária Brasileira, Vanusa Rocha, que entrou em contato com a clínica veterinária e conseguiu a vaga para interná-lo, o cachorro foi levado de carro, enrolado em uma coberta até o local, lá foi sedado para a retirada do fio e tosado, para dar início ao tratamento.

Exames feitos na clínica mostraram que o cão está desnutrido, desidratado, com uma infecção e tem doença do carrapato. Ele aparenta um ano de vida e está abaixo do peso, ele tem 7,5 kg, quando o ideal seria 11 kg.

Como o cão não come sozinho, ele tem sido alimentado com a ajuda de uma seringa e passa 24 horas por dia recebendo soro, ele acabou virando o xodó dos funcionários e foi batizado de Joca, a veterinária responsável pelo tratamento, Ana Paula dos Reis Damião disse acreditar que a corda tenha sido colocada no cão quando ele ainda era filhote.

A hipótese é de que o machucado tenha surgido porque ele cresceu e engordou com o fio no pescoço.

"Não é que seja comum, mas eventualmente acontece, temos animais que ficam internados e que usamos cordas de identificação, que é frouxinha, um mês depois no retorno, tem cachorro que ainda volta com ela", diz a profissional. "Pode ter acontecido de colocarem quando ele era novinho e terem esquecido ou ele ter fugido".

A expectativa é de que o animal passe pelo menos mais três semanas no hospital veterinário, depos ele volta para a responsabilidade da ONG, que vai tentar encontrar um lar para ele.

A presidente da ONG Vanusa, informou que não denunciou o caso na polícia, já que não sabe quem amarrou a corda no pescoço do cachorro, interessados em ajudar no custeio do tratamento podem procurá-la pelo telefone (61) 8172-2817 .



Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário